Dólar inicia o mês de dezembro caindo, chegando ao valor de R$ 5,25

Moeda americana encerrou a R$ 5,34 nesta segunda-feira e juntou-se a queda de 6,80% de novembro.
O dólar opera em queda nesta terça-feira 01/12/2020, depois de registrar queda de quase 6/7% em novembro, seguindo o exterior, com a ligação internacional sendo conservado por dados volumosos da China e perspectiva em torno de vacinas contra o corona vírus.
Hoje a tarde, a moeda norte-americana caía 1,80%, cotada a R$ 5,26.
Nesta segunda-feira, o dólar finalizou em alta de 0,39%, a R$ 5,33. Em novembro, porém, juntou baixa de 6,80%, a maior baixa dos meses, desde outubro de 2018. No ano, o progresso ainda é de 33%.
O Banco Central formará neste pregão leilão de troca tradicional para rolagem de até 15 mil contratos com expiração em abril e agosto de 2021, destacados em pesquisas.
Variações do dólar em 2020
1.Cenário local e externo
No exterior, os comércios lidam positivamente as novas notícias sobre avanços nas vacinas para imunizar o corona vírus. Nesta terça, as farmácias Pfizer e Moderna solicitaram autorização para fazerem o uso de suas vacinas na grande Europa.
A Ordenação para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico analisou nesta terça um relatório que as expectativas para a economia global estão progredindo apesar de uma segunda onda de surto de corona vírus em muitos países, de acordo com o surgimento das vacinas e uma recuperação liderada pela China se instala. De acordo com as novos arremessos das corporações, a economia global deve encolher 4% este ano, crescer 4% no próximo ano e retardar a 3% em 2022.
As atividades dos setores industriais da China ampliaram seu ritmo mais rápido em uma década em novembro, mostrou nesta segunda uma pesquisa empresarial.
Por aqui no Brasil, a Índice de Confiança Empresarial regrediu em novembro pelo segundo mês seguido. Já o IBGE sinalizou que o Brasil finalizou outubro com um destacamento de 13 milhões de desempregados, cerca de 3 milhões a mais que o apontado no mês maio. Com isso, a taxa de desemprego marcou nova máxima na pandemia, de 14%.
Do lado mais medular, o foco dos mercados segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil e as dúvidas sobre a aprovação de medidas de ajuste fiscal para assegurar a saúde das contas públicas. Na véspera, o Banco Central comunicou que a déficit público aumentou para o patamar de 90% do PIB em outubro.
“Brasília volta à positivo depois do segundo turno das eleições municipais ainda sem formação nas propostas que lidam com as questões fiscais”, informou a pesquisa de Investimentos em nota.
O principal medo dos mercados, por ora, é de que o governo rasgue seu teto de gastos no ano que vem diante de um Orçamento estreito, medo que vem acompanhado de decepção com os atrasos na agenda de reformas estruturais.